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Usiminas retoma produção em Ipatinga

 

Em um evento na manhã desta quarta-feira com a presença de Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da República, e Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, a Usiminas retomou a produção do alto-forno 1 e da aciaria 1 da usina na cidade de Ipatinga, na Região do Vale do Aço. O trabalho estava paralisado desde o início de abril deste ano, devido à pandemia do novo coronavírus.

A cerimônia de religamento, organizada ainda em tempos de pandemia, teve também a presença do prefeito de Ipatinga, Nardyello Rocha (Cidadania), outros agentes políticos, autoridades e empresários, como o presidente da companhia, Sergio Leite. A reportagem do Estado de Minas não identificou nenhuma aferição de temperatura, mas o distanciamento era orientado a todo instante. Os convidados também usavam as máscaras de proteção, item obrigatório no evento.
Além da reativação do Alto-Forno 1 e da Aciaria 1, as operações de laminação na cidade paulista de Cubatão, na Região Metropolitana da Baixada Santista, também foram retomadas. Os trabalhos da Usiminas em Minas e São Paulo foram impactadas pela paralisação das indústrias, especialmente a automotiva.
Segundo balanço divulgado pela Usiminas em julho, a empresa teve um prejuízo de R$ 395 milhões no segundo trimestre deste ano. No mesmo período de 2019, a situação era de um lucro líquido de R$ 171 milhões. De janeiro a março de 2020, a siderúrgica já havia contabilizado perda líquida de R$ 424 milhões.

Confiança na retomada

A siderúrgica também informou ter elevado o plano de investimentos para 2020, de R$ 600 milhões para R$ 800 milhões, como uma ação de confiança na recuperação da economia. A maior parte dos recursos deve ser investida em iniciativas ambientais e em um projeto de empilhamento a seco da Mineração Usiminas.

Sergio Leite aponta a posição de caixa consolidada do grupo de empresas – de R$ 2,5 bilhões no fim de junho – como prova de que companhia está preparada para enfrentar a nova turbulência na economia. Uma preocupação da companhia que se mantém para o restante do ano, assim como de todo o setor industrial, é com a baixa ocupação da capacidade produtiva.